Pão Chuta de Cusco

Se você é turista, certamente já viu este pão tradicional com curiosidade, e se você é de Cusco, ele já fez parte do seu café da manhã ou almoço mais de uma vez. Cusco é cheia de histórias e lendas. Descubra os detalhes do Pão Chuta de Cusco neste blog.

O que é o Pão Chuta de Cusco?

Ao contrário dos pães “Huaro”, um pão tradicional de Cusco, este se caracteriza por seu tamanho generoso e sabor requintado. Seus formatos, texturas e dedicatórias podem variar de acordo com a ocasião (você pode personalizar seu pão). É, sem dúvida, uma receita que mistura o misticismo andino e os costumes coloniais. Sua origem remonta à chegada do trigo a Cusco no século XVI, através da colônia espanhola.

Onde posso encontrar o Pão Chuta de Cusco?

Você pode encontrá-lo nos mercados tradicionais de Cusco, nos terminais de ônibus (porque é um bom hábito trazer para casa, e nada melhor do que um pão tradicional dessa magnitude), e outro lugar para encontrá-lo é ao sul de Cusco, na Capital do Pão, Oropesa.

Localizada a cerca de 25 km da cidade de Cusco, na província de Quispicanchis e no distrito de Oropesa, você pode apreciar inúmeras padarias artesanais ou tradicionais. Se você viajar de carro, você as reconhecerá por sua apresentação única. Alguns ônibus interprovinciais param lá, e você pode comprá-los.

Como alternativa, você pode chegar lá de transporte público. Os ônibus partem da estação na Avenida Huayruropata e embarcam em um ônibus com destino a Urcos. Você precisará descer antes do final (pode pedir informações quando estiver perto). Você saberá que chegou pelo aroma inegável de pão.

Os ingredientes e o preparo artesanal tornam o Pan Chuta Cusqueño único e, acredite ou não, ele é diferente dos pães de treliça, molletes e outras variedades de pão.

História: Lenda do Pequeno Padeiro

Conta-se que um menino costumava percorrer as padarias do distrito de Oropesa ajudando os mestres padeiros a amassar o pão para depois levá-lo para vender. No entanto, o menino se distraiu brincando com as crianças locais e acabou dando o pão a elas.

Quando os padeiros exigiram o lucro da venda, o menino explicou o ocorrido e, antes que pudessem repreendê-lo, o dinheiro apareceu milagrosamente.

O curioso é que ninguém no distrito sabia quem era esse menino, suas origens, seus parentes ou onde morava. Pouco tempo depois, ele desapareceu. Não se ouviu mais nada sobre ele até que, durante uma procissão da Virgen del Carmen (realizada em julho), notaram com espanto que a misteriosa criança estava nos braços da Virgem. Dizem que ele tinha o mesmo rosto. Desde então, o chamam de Pequeno Padeiro.

Curiosidades:

Há um festival chamado T’anta Raymi, celebrado todo mês de outubro desde 1993, com feiras gastronômicas destacando o Pão Chuta, o pão típico da região, acompanhado de concursos (muito criativos em seus formatos), danças tradicionais e a produção de um Pão Chuta gigante.
O chutatón, como você pode imaginar, é uma combinação perfeita das festas de Natal com o tradicional Pão Chuta, uma iguaria típica de Cusco para esta época do ano. Os pães tradicionais levam passas, frutas cristalizadas e sabores natalinos como ingredientes adicionais. Imagine comê-lo com chocolate Quillabambino quente!
Outra variação nos formatos e apresentações ocorre no mês de novembro, quando eles são moldados nos famosos T’anta Wawas, que podem ter o formato de cavalos ou bonecos (há mais variações para se adequar ao seu gosto), acompanhados de confeitos.

Se você decidir visitar parentes em Cusco, não deixe de comprar um no terminal de embarque antes de sair de Cusco. É um bom costume com um profundo significado familiar. Por outro lado, se você estiver de férias, não deixe de comprar um em um mercado tradicional e experimentar.